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Renata Fiório defende Santa Casa

por Celia — publicado 03/04/2019 12h55, última modificação 03/04/2019 13h07

 

 

Estarrecida. Assim disse estar a vereadora Renata Fiório (PSD) após ouvir acusações feitas pelo médico Roberto Bastos contra a direção da Santa Casa no início da sessão desta terça-feira (02). “É como me sinto ao ver alguém que está há trinta anos comendo da Santa Casa tentando denegrir a direção da instituição, que está conseguindo a duras penas reaver a credibilidade dela perante o governo do estado”, afirmou a vereadora, mencionando que a situação lembra a passagem bíblica que relata a traição de Judas, “aquele que cospe no prato em que come, que beija o rosto que vai trair”.

 

Bastos é obstetra e acusou o superintendente da Santa Casa, Padre Evaldo Ferreira, pelo fechamento da maternidade do hospital e pela falta de transparência nos contratos da entidade. Renata, que utilizou praticamente todo o tempo reservado ao seu pronunciamento para fazer a defesa da Santa Casa, contrapôs o médico, relatando que o processo de transferência do serviço de maternidade para o Hospital Infantil teve início em 2014, através de licitação, procedimento que está registrado no site da Justiça Federal. A operação teria permitido que a Santa Casa aumentasse o atendimento em outras especialidades, já que o hospital é referência em trauma, e não mais em parto.

 

Ela destacou, ainda, que a contabilidade da Santa Casa está no Portal de Transparência do hospital e pode ser acessada por qualquer pessoa. “A Santa Casa não tem esquema, todas as despesas estão lá abertas, você acessa o que quiser. É só querer. Por isso fico triste por uma pessoa, de forma leviana, acusar um serviço que está há tanto tempo de porta aberta para a população de Cachoeiro”, disse a vereadora, assegurando também que a prestação de contas do hospital é feita através de um sistema on line implantado pelo governo do estado. Quem achar que pode ficar dando jeitinho, ficar fazendo histerectomia, usando o SUS e cobrando particular, não vai ter onde fazer isso mais não”, anunciou.

  

Renata afirmou ainda ter estranhado a ausência do médico, para apresentar qualquer projeto de melhoria para o setor na Conferência Municipal de Saúde, realizada na última segunda-feira, e também a inexistência de qualquer denúncia feita por ele ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça. “Para alegar, tem que provar”, cobrou, acrescentando que não se pode brincar com a vida de uma pessoa nas redes sociais. “Tenho certeza que Padre Evaldo abdicou de uma parte da vida dele para se dedicar à gestão da Santa Casa por um imperativo de querer fazer o bem. A Câmara acompanha tudo que diz respeito à saúde, estamos presentes e vigilantes, mas essa casa não pode ficar servindo de palanque”, finalizou.