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Psicóloga fala sobre os desafios de ser mulher e a necessidade do autoconhecimento

por Celia — publicado 11/03/2021 11h34, última modificação 11/03/2021 11h34

 

 

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a psicóloga do Sest/Senat Nayra Monteiro aceitou convite da Câmara Municipal e participou de sessão nesta terça-feira (09) para falar sobre os desafios de ser mulher na atualidade.

 

Ela lembrou que hoje a mulher desempenha muitos papéis - mãe, filha, empresária, trabalhadoras e outros - e por isso tem que enfrentar muitas tarefas. Uma das principais demandas que recebe das clientes em seu consultório, afirmou, são as questões relativas à necessidade de sensibilizar os parceiros sobre o compartilhamento das tarefas domésticas e cuidado com os filhos. “É preciso ter exige sabedoria e inteligência emocional para fazer os companheiros se comprometerem com aquilo a que se propuseram quando decidiram formar uma família”, analisa.

 

Nayra falou também sobre as barreiras que as mulheres precisam superar no mercado de trabalho, já que, apesar de ocuparem 70% das vagas das universidades brasileiras, continuam sem acesso a cargos de destaque nas empresas. E mencionou ainda a violência, outro grande problema enfrentado pela mulher. “É uma luta diária, e precisamos de mais políticas públicas para nos proteger das situações de violência”, alertou, acrescentando que também precisamos cuidar da educação dos filhos, de forma a não formar meninos, que, ao se tornarem adultos, “objetalizem as mulheres”.

 

Outro desafio diário das mulheres brasileiras é cuidar da saúde e do corpo, em um país que valoriza de forma extrema padrões rígidos de beleza física, sendo campeão mundial em cirurgia plásticas e procedimentos estéticos. “Vemos mulheres muito bonitas, mas emocionalmente fragilizadas, vivendo com grande sofrimento, depressão, ansiedade e pensamentos suicidas”, disse a psicóloga.

 

Para que as mulheres possam se afirmar, diz ela, é preciso que entendam e pratiquem o empoderamento, ou seja, passem a ter domínio sobre a própria vida e a tomar decisões sobre o que lhes diz respeito. “Mas o empoderamento exige autoconhecimento. Precisamos separar um tempo para nós mesmas, nos colocarmos como prioridade, estudar e nos informar, e também praticar a cooperação, ajudando outras mulheres a reconhecer o quanto são especiais”, finalizou.