Você está aqui: Página Inicial / Comunicação / Notícias / Médico denuncia Santa Casa e diz que é "candidato" a diretor clínico

Médico denuncia Santa Casa e diz que é "candidato" a diretor clínico

por Celia — publicado 02/04/2019 17h25, última modificação 02/04/2019 17h56

 

Durante a sessão desta terça-feira (02), na Câmara de Cachoeiro, o médico Roberto Bastos fez pronunciamento em que acusou o superintendente da Santa Casa, Padre Evaldo Ferreira, e outras pessoas que ele chamou de “petistas”, pelo fechamento da maternidade do hospital e pela falta de transparência nos contratos da entidade.

Segundo ele, o Padre “entregou a maternidade da Santa Casa” para o Hospital Infantil porque fez um acordo “por debaixo dos panos” com o superintendente Jailton Pedroso. Além disso, segundo ele, em vez de assinar a carteira e pagar os direitos trabalhistas dos médicos, a Santa Casa prefere contratar ONG’s, que estão “comendo o dinheiro dos médicos. O médico quer trabalhar, mas tem que receber”, afirmou.

Além de denunciar, o médico também sugeriu um modelo de gestão da saúde para Cachoeiro. A proposta dele prevê a criação de um Hospital Geral para centralizar as cirurgias da região sul e que a Santa Casa gerencie os pronto-atendimentos de todos os municípios vizinhos a Cachoeiro. Bastos disse ainda que não é candidato a cargo eletivo, mas sim “é candidato” a diretor clínico da Santa Casa, representando “um grupo de médicos”.

Outra versão

Comentando o pronunciamento de Bastos, o vereador Elio Carlos Miranda (PDT) afirmou que Padre Evaldo mudou a forma de administrar a Santa Casa para solucionar problemas antigos e isso mexe com os interesses e os brios de muita gente. “É preciso que alguém da Santa Casa venha à Câmara para expor a outra versão, para que a Câmara possa confrontar os dados e se posicionar”, afirmou.

Já o vereador Edison Fassarella (PV) afirmou ter ficado impressionado com a fala de Bastos. Segundo ele, a transferência da maternidade segue uma orientação de governo, para que o Hifa possa concentrar, futuramente, todo o sistema público materno-infantil, inclusive a maternidade de alto risco que hoje pertence ao Hospital Evangélico e também será transferida. “Mas isso não impede que Bastos e outros médicos continuem fazendo partos na Santa Casa, que é uma instituição centenária, com um histórico de relevantes serviços prestados a Cachoeiro e toda a região”, disse.