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Maio Roxo: Precisamos falar sobre as doenças inflamatórias intestinais

por Camila Reis publicado 23/05/2023 16h40, última modificação 23/05/2023 16h40

A convite do vereador Mestre Gelinho (PSDB), estiveram na Câmara, na sessão ordinária desta terça (23), representantes da DII ES Sul - Associação sem fins lucrativos de assistência a pessoas com Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa no Sul do Espírito Santo. “Desde o ano passado a gente vem dando suporte a esta associação através da Câmara e a convidamos para vir aqui, hoje, devido ao Maio Roxo. Esta Casa de Leis está sempre envolvida em causas importantes e podemos sair daqui hoje com um entendimento a mais para ajudar estas pessoas”, explica Gelinho.

A lei 7685/2019 instituiu no município a Campanha “Maio Roxo”, de sensibilização, conscientização e apoio aos portadores de doenças inflamatórias intestinais. Dia 19 de maio é o dia mundial da doença inflamatória intestinal- DII, que engloba as doenças de Crohn e Retocolite Ulcerativa. A lei foi proposta pela ex-vereadora Renata Fiório, considerada madrinha da associação, e continuam sendo apresentadas e debatidas nas sessões da Câmara as dificuldades que os pacientes encontram para obter o tratamento adequado.

Ediana

“Nossa associação começou em 2019 para acolher os pacientes, dar acompanhamento psicológico, representar e servir de grupo para troca de experiências. Estamos aqui para que a população saiba o que são estas doenças e lutem conosco. Sabemos que esta Casa já tem a lei do cordão de girassol, que identifica deficiências ocultas, mas precisamos agora divulgar para os estabelecimentos comerciais e instituições como agir” explica Ediana de Souza Silva Ribeiro, presidente da DII ES Sul.

O Dr. Daniel Moreira da Silva, representando o grupo de advogados que tenta ajudar a associação, afirma que a falta de informação atrapalha até mesmo a conquista de direitos. “É preciso que os advogados busquem informação, e todos os outros profissionais também, desde o médico que atende o paciente até o perito judicial. A legislação do cordão de girassol trata das doenças ocultas, mas o paciente chega para uma perícia sem demonstrar sua incapacidade para o trabalho. Por isto precisa de o profissional ter essa consciência”.

A médica Andressa Sartório Portinho, uma das especialistas que atua na associação, contou que as doenças, desconhecidas por grande parte da população, causam transtornos e desconforto social aos portadores pela falta do controle intestinal.

Regina

 A paciente Regina Coman Machado conta que descobriu a doença de crohn apenas aos 49 anos, através de uma colonoscopia. Além do sofrimento das cólicas e diarreias, ainda tinha a dificuldade de precisar se deslocar para outros municípios para o tratamento. “Nunca esqueci o dia em que o Zagoto (Brás, vereador – Podemos) me socorreu. Eu não tinha condições de ir à São José do Calçado para o tratamento, pedi ajuda, e ele pediu ao filho que me levasse. Sou muito grata à associação por conseguir montar o atendimento aqui na Santa Casa pra gente”. Regina pediu também apoio para capacitar os médicos das unidades de saúde a identificar estas doenças de forma mais rápida. “Quanto antes vem o diagnóstico, melhor.”