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Câmara realiza palestra de conscientização sobre perda gestacional

por Pammela Volpato publicado 16/10/2023 17h21, última modificação 16/10/2023 17h21
Trata-se de tema ainda pouco falado, por envolver dor, luto e emoções complexas

Por iniciativa do vereador Sandro Irmão (PSD), a Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim realizou, no último dia 11 de outubro, uma palestra com o tema “Conscientização à perda gestacional”.

A médica ginecologista Dra. Denise Bastos, esteve no plenário da Câmara para falar sobre o tema e esclarecer dúvidas do público presente. Entre os assuntos abordados, a médica falou sobre as possíveis causas e tratamentos para evitar abortos espontâneos e o nascimento repetido de prematuros com consequência de morte. O Dr. Sério Damião, médico nefrologista também teve importante participação no debate.

A palestra está inserida nas atividades realizadas durante a “Semana de conscientização da perda gestacional, neonatal e infantil”, instituída em Cachoeiro desde o ano de 2021 a partir de um projeto de lei do vereador Sandro Irmão.

A lei prevê atividades anuais, executadas em outubro, com o objetivo de dar visibilidade aos problemas trazidos pela perda gestacional e neonatal, criando oportunidades para a promoção de ações voltadas para a conscientização e informações sobre o assunto.

Trata-se de tema ainda pouco falado, por envolver dor, luto e emoções complexas. Mas o abortamento espontâneo é mais comum do que se pensa: ele acomete cerca de 15% das gravidezes. E a taxa de mortalidade neonatal no Brasil também é alta: cerca de 13,2 por mil nascidos vivos, segundo dados do Ministério da Saúde. A maior parte dos óbitos neonatais ocorre no período precoce, do nascimento ao sexto dia de vida, e cerca de um quarto dos óbitos ocorre no primeiro dia após o parto.

Para o vereador, é necessário humanizar o atendimento nos serviços de saúde nos casos de perda gestacional, neonatal e infantil, além de proporcionar às famílias enlutadas o acesso aos direitos previstos em leis. “É importante sensibilizar a sociedade e os profissionais da saúde e de áreas jurídicas para que ajudem a validar o luto materno e paterno, especialmente no reconhecimento ao direito a licença maternidade e paternidade”, alerta.

A perda gestacional pode provocar um enorme impacto emocional nas famílias, e nossa intenção é dar suporte a todas que passam por este sofrimento”, conclui.