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"Cachoeirense é assim..." - Discurso proferido por Wilson Márcio Depes ao receber o Título de Cachoeirense Presente Nº 1 de 2022

por Célia Ferreira publicado 28/06/2022 13h40, última modificação 28/06/2022 13h46

Exmo. Senhor Presidente, Meus queridos vereadores,

Demais autoridades, Senhoras, senhores,

 

A essa altura de minha vida sou acariciado com esta memorável homenagem desta Câmara Municipal, que V. Exas., ilustres vereadores, representam com amor, aplicação, ideal e sem medo.

 

Agradeço do fundo do meu coração. E o faço publicamente, como testemunho pessoal de gratidão, e a promessa de fidelidade e amor à nossa terra e a nossa gente. Agradeço também ao amigo Cesar Herkenhoff, e as amigas Marilene De Batista Depes e Regina Monteiro patronos de meu nome junto a essa douta Câmara.

 

Conheço grande parte da história rica da Câmara. Aqui ecoam as reivindicações das ruas. A história dessa Casa, ilustre presidente Braz, nobres vereadores, é a autêntica história da Democracia. Do movimento do conjunto social. Aqui está a alma do tempo que passou. E como um caramujo guardará para sempre o bramido das ondas de sofrimento, esperança e reivindicações de onde proveio.

Prefeito Victor, discordantes, sim. Separados nunca!

 

Conheço, presidente Braz, sobretudo a intensa tarefa de Vs. Exas., a cada dia, a cada hora, a cada minuto. E o fazem até mesmo a si próprio, no silêncio. Pois o amor que Cachoeiro convoca é um sol que não se deita. Por isso V. Exas. possuem a tribuna para trazer ao mundo a graça que receberam. Fala a boca para que depois possa calar com dignidade. Para merecer o silêncio de Deus que vem depois como a noite que vem depois do dia. Tenho bons amigos nesta Casa. Os quais não deixo nunca de reverenciar. Porque merecem. Quero conhecer os que estão chegando.

 

Vivemos em tempos de tecnologia avançada. Vivemos sob efeitos de pandemia, de guerra, de aflições, de injustiças sociais. Cada um dos vereadores precisa ter nas mãos a resposta daquilo que traduziram do contato diário e direto com a população. A existência da Câmara é feita dessa matéria que V. Exas. consolidam a cada dia. É uma história de procura e realizações. Sabedores, no entanto, que autoridade nenhuma é o povo. Somos todos nós apenas e tudo isto: um servidor do povo.

 

A luta árdua e intensa de Vs. Exas. mostra que o tempo não apaga tudo. O tempo não passa. Poderia citar aqui, ilustre Presidente, dentre tantos, a figura notável de Juarez Tavares Matta que, com sua simplicidade, com a autoridade e dignidade que esta Casa lhe conferiu, ampliou a voz de nossa gente, de seu bairro Zumbi até os mais sofisticados recantos dos palácios de Brasília.

 

Digo tudo isso porque quero mostrar o respeito e a importância que todos devotamos a essa douta Câmara, por cada um de seus componentes. Porque compreendemos o quanto se exige de um homem público: sobretudo presença, participação, dedicação, risco e responsabilidade. A coragem é a primeira virtude do estadista. Sem ela todas as outras desaparecem diante do perigo.

 

Benjamim Silva celebrou em versos a tagarelice instável das águas do rio Itapemirim, que, por seu trecho pedregoso e barulhento, deu nome à cidade e às terras do município. Não seria uma metáfora demasiada se dissesse que esse rio magricela, por vezes invade e inunda os porões, cobrindo as ruas, as casas, fazendo com que a sua população sofrida venha buscar socorro também aqui nesta Casa, nos braços de seus vereadores.

 

É um anúncio que nunca podemos esquecer: cuidar do meio ambiente. Nós somos a última geração com chance de colocar o mundo em um caminho de sustentabilidade e evitar mudanças climáticas catastróficas.

 

A enchente do Itapemirim torna tudo muito triste e aterrador. A ponto de sensibilizar os cachoeirenses ausentes, como o famoso advogado Sérgio Bermudes, que, vivendo no Rio, se comoveu com a situação das cheias do Itapemirim, doando em 25 de janeiro de 2020, um milhão de reais para acudir seus irmãos.

 

Cachoeirense é assim... Se desincumbe do amor ao próximo, que é a mais alta forma e requintada, do amor próprio. É o máximo de perfeição a que o egoísmo pode chegar.

 

São muitos ontens. O espaço e o tempo são formas suas, são instrumentos mágicos da alma. Esta cidade que acreditei ser meu passado, é meu porvir, meu futuro. O tempo que vivi fora daqui é ilusório. Agora... Agora o fraterno o abraço, a comemoração nesta singela solenidade,

 

Senhor Presidente, meus caros vereadores, agradeço profundamente o carinho de todos, carinho que é único, carinho este que, por certo, não tenha encontrado por entre os tribunais, no exercício vida pública, nas aulas que proferi, nos livros que publiquei, por onde tenha passado. A amizade é um amor que nunca morre.

 

Obrigado. Muito obrigado.